![]() Fábrica de Explosivos Elephant – Foto: JJecson Agência Digital Phocus / Barreiros News |
Uma pessoa morreu e outras duas ficaram gravemente feridas na explosão da fábrica de pólvora Elephant, no Engenho Herval, zona rural de Barreiros, Zona da Mata Sul de Pernambuco. Um operário, identificado como Valdomiro Luiz de França, de 50 anos, morreu no local.
Outros seis trabalhadores se feriram, dois em estado grave: o encarregado Manassés Rodrigues da Silva, 45, e o operador de máquinas Hugo Ernesto de Moura, 36, estão internados no Hospital da Restauração. O Exército interditou a unidade até que se descubra a causa do acidente. As explosões aconteceram por volta das 8h30. Faltava energia elétrica na fábrica e os funcionários faziam manutenção no granulador, equipamento responsável por uma das últimas etapas da produção da pólvora. Quando ocorreu a primeira explosão, segundo relatos dos trabalhadores, Valdomiro estava sob o granulador. “Meu filho disse que correu e, mesmo assim, quebrou algumas costelas”, revelou José Peron de Melo, 67 anos, pai de Hugo. O operador de máquinas teve politraumatismo e queimaduras leves em um dos braços e passou por uma cirurgia ontem à noite. Manassés sofreu queimaduras de segundo e terceiros graus em 80% do corpo e, embora respirasse sem auxílio de aparelhos, ainda corria risco de morte. A fabrica Elephat Cerca de 90% da substância produzida em Barreiros tem os Estados Unidos (EUA) como destino. Uma das maiores clientes é a Diamondback Chemical, empresa da cidade de Tamaqua, na Pennsylvania, que, além de fabricar parafusos e explosivos para a NASA, é responsável pelos fogos de artifício de alguns dos principais parques de diversões norte-americanos. O exército brasileiro e dos EUA também estão na lista da Elephant, mas o mercado de armas ficou reduzido após a criação do Estatuto do Desarmamento - em vigor no Brasil desde o fim de 2003. A Elephant se junta a outras três fábricas (nos EUA, Alemanha e Suíça) como as únicas produtoras de pólvora no mundo. |