quinta-feira, 13 de junho de 2013

Acidente Vascular Cerebral

Por Luciula Valença                                                           13/06/2013 - 18h20
sdesaude.luciulavalenca@hotmail.com


O corpo humano é anastomótico, isso mesmo que você ouviu: Uma rede que se liga! (anastomose). Nenhum órgão é mais importante que o outro, pois eles desempenham funções próprias para o coletivo, e como trabalham em cooperação e interligação o CEREBRO, não foge a regra. Este importante e complexo órgão está localizado dentro do crânio e, é um centro de regulação e controle das atividades corporais: Ele é responsável pelo que o homem lê, interpreta e identifica com o mundo a sua volta. É composto por massa cinzenta e branca, e dividido em dois hemisférios (e cada hemisfério contém cinco lobos) por intermédio do corpo caloso, compreendendo também o tronco encefálico e cerebelo.
Para estabelecer o metabolismo cerebral e estados fisiológicos. O cérebro é metabolicamente um dos mais ativos de todos os órgãos, consome uma enorme taxa de oxigênio, o qual abastece a energia requerida para a sua intensa atividade físico-química.
A seguir um quadro anatomo-fisiológico do cérebro:

 

Quando a circulação no cérebro está deficitária ou pára (estase), diminui o suprimento sanguíneo e conseqüentemente de O2 . Com a redução c´ritica do débito sanguineo, devido a oclusões parciais ou totais de uma artéria cerebral ocorre um ACIDENTE ISQUEMICO CEREBRAL – AVC. Que pode manifestar-se como AVC isquêmico e o AVC hemorrágico.
 
O AVC (acidente vascular cerebral) possui vários nomes, o mais correto é AVE (acidente vascular encefálico), mas pode ser chamado de infarto cerebral, isquemia cerebral, trombose cerebral ou o popular derrame cerebral.
Repare na vascularização do nosso cérebro (vasos em azul). Quando qualquer um desses vasos fica obstruído, ocorre uma isquemia e, conseqüentemente, um AVC. As taxas de AVC, no Brasil variam  entre 137 e 168 por cada 100.000/hab.



 

10 Consequências\ sintomas do AVC:


#1 Fraqueza nos membros
Uma fraqueza motora súbita e unilateral é típica. Não é comum no AVC ambas as pernas ou ambos os braços serem acometidos ao mesmo tempo, com a mesma intensidade. Dormência, formigamento ou uma sensação de leves picadas de agulhas podem também estar presentes.

#2 Assimetria Facial
A paralisia facial unilateral é outro sinal típico do AVC.O desvio da boca em direção contrária ao lado paralisado é o sinal mais comum e perceptível.

#3 Alterações da Fala
As duas alterações mais comuns são a afasia e a disartria. Há tipos de afasia em que o paciente deixa de compreender o que as palavras significam, não consegue falar, não entende os outros e não consegue mais entender o que está escrito. Neste caso o paciente perde a habilidade da linguagem globalmente.

#4 Confusão Mental
O paciente pode perder a noção do tempo, não sabendo dizer o ano nem o mês que estamos. Pode também ficar desorientado espacialmente, não reconhecendo o local onde está. 

#5 Alterações na Marcha
Esta alteração da marcha pode ser causada por desequilíbrios, por diminuição da força em uma das pernas ou mesmo por alterações na coordenação motora responsáveis pelo ato de andar. 

#6 Equilibrio
Esta alteração da marcha pode ser causada por desequilíbrios, por diminuição da força em uma das pernas ou mesmo por alterações na coordenação motora responsáveis pelo ato de andar. 

#7 Convulsão
Alguns casos de AVC se manifestam como crise convulsiva, que são abalos motores generalizados associados à perda da consciência. 

#8 Coma
Ocorre quando há redução do nível de consciência. A perda da consciência costuma ser um sintoma de um AVC extenso ou AVC hemorrágico.É um sinal de mau prognóstico.

#9 Alterações Visuais
Alterações visuais como visão dupla, cegueira parcial ou total.

#10 Morte



Comumente o AVC cursa com pico hipertensivo. A ausência de sangue em regiões do cérebro leva o corpo a aumentar a pressão arterial em uma desesperada tentativa de aumentar a perfusão de sangue para o cérebro. Não se deve tentar controlar a pressão nestes casos (principalmente se ela estiver abaixo de 200/110 mmHg), pois há um perigo de piorar a isquemia cerebral se a pressão baixar rapidamente.  Se houver suspeita de AVC, vá imediatamente a um hospital !



Geralmente um familiar que percebe os sintomas do AVC e leva a uma emergência, no hospital o paciente terá atendimento médico, tratamento medicamentoso e posterior encaminhamento a um neurologista caso não haja especialidade no plantão. A intervenção precoce – com início até 30 dias pós-AVC – está fortemente relacionada à melhora funcional. Pacientes que sofreram AVC devem iniciar as terapias no momento em que estiverem clinicamente estáveis. A fisioterapia e a fonoaudiologia comumente inicia suas intervenções antes mesmo da estabilização clínica, visando suporte e prevenção de complicações secundárias.
O tratamento fisioterapêutico promove assistência ventilatória, com enfoque em otimizar expansibilidade torácica, aeração alveolar e evitar o acúmulo de secreções, realiza terapia motora, promovendo mobilização precoce para manutenção de amplitude de movimento articular, prevenção de deformidades e adequação do tônus muscular, além de orientar correto posicionamento articular nas diferentes posturas e trabalha fortalecimento muscular, transferências posturais, equilíbrio e propriocepção. Aplica diferentes meios físicos visando analgesia, também eletroestimulação funcional como terapia adjuvante para ganho de força muscular.