24/05/2013 20h10 - Atualizado em 24/05/2013 20h10
A
Polícia Federal está investigando um esquema de pedofilia que envolve falsidade
ideológica e ameaça em Pernambuco. Fotos de nudez de duas adolescentes foram
divulgadas em sites pornográficos e em redes sociais no ano passado. As imagens
foram obtidas depois que as modelos tiveram entes queridos ameaçados ou foram
ludibriadas.
Uma
das modelos cedeu as fotos em 2008, quando tinha 15 anos. Na ocasião, os
negociadores entraram em contato pelo Messenger (MSN). Eles sabiam onde a
modelo morava e trabalhava e ameaçaram seu namorado. Quatro anos depois,
voltaram a entrar em contato com ela. Dessa vez a conversa foi feita pelo
Facebook e eles disseram que iriam divulgar as fotos enviadas em 2008 caso a
modelo não mandasse novas fotos, nuas e atuais. Novamente, ela cedeu às
ameaças.
Já
a outra modelo enviou fotos nuas pois acreditava que iria participar de uma
campanha contra o câncer de mama produzida por uma agência de modelos do
Estado. Os agenciadores entraram em contato com ela através do Facebook e se
passaram por funcionários da empresa de Silvia Furtado. O contato foi feito em
2012, na mesma época em que voltaram a ameaçar com a primeira vítima.
Agora,
as modelos descobriram que suas fotos foram realmente divulgadas na internet,
em sites pornográficos. Além disso, a segunda adolescente ludibriada entrou em
contato com a agência de Silvia Furtado e descobriu que a empresa não tinha
conhecimento da negociação sobre a campanha contra o câncer de mama.
Juntas,
as três mulheres foram à Polícia Federal e apresentaram provas do esquema
ilegal, como as fotos e o registro das conversas realizadas entre as modelos e
os negociadores. Não foram divulgados mais detalhes para não atrapalhar o
andamento das investigações. Os responsáveis pelo esquema vão responder pelo
artigo 214-A do Estatuto da Criança e do Adolescente, que classifica como crime
a divulgação de fotos de pornografia infantil. A pena é de 3 a 6 anos de
reclusão.