16/04/2013 20h10 - Atualizado em 16/04/2013 20h10
Do BN
O número
de bebês que morrem anualmente antes de completar o primeiro mês tem aumentado
no mundo, apesar de uma redução no número global da mortalidade infantil. A
estimativa é que ocorram todos os anos cerca de 3 milhões de mortes,
principalmente na Ásia e África, segundo especialistas de 50 países, reunidos
em Joanesburgo (África do Sul). O percentual de mortes de bebês subiu de 36%,
em 1990, para 43%, em 2011, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef).
Segundo a
vice-presidenta da Unicef, Geeta Rao Gupta, cerca de 6,9 milhões de crianças
morreram antes de completar 5 anos e 3 milhões, logo após o nascimento. A
maioria das mortes dos recém-nascidos ocorre no Sudeste da Ásia e na África
Subsaariana.
De acordo
com especialistas, as principais causas de mortes neonatais são complicações
ligadas a partos prematuros e durante o nascimento, assim como a ausência de
cuidados adequados para as mães.
A mulher
do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, Graça Machel, disse que pelo
menos dois terços das mortes podem ser evitadas. Segundo ela, há medidas
simples e baratas que podem salvar vidas. "[Infelizmente] O que ainda não
mudou foi a nossa atitude, de agir com urgência, não como se nada fosse",
disse Machel.
O diretor
de Saúde Familiar da Fundação Bill e Melinda Gates, Gary Darmstadt, disse que,
apesar do aumento dos níveis de conhecimento sobre a mortalidade neonatal, os
recém-nascidos continuam a morrer. "O número de mortes de recém-nascidos
aumentou nos últimos anos na África Subsaariana, apesar da redução da
mortalidade infantil e materna", disse Darmstadt.