Por DJ Lucas Lima
06/04/2013 - 18h10
lucaslimadj@hotmail.com

Foto: Facebook / Reprodução
Alexandre Magno Abrão, o Chorão do Charlie
Brown Jr., morreu de overdose de cocaína, de acordo com o laudo necroscópico da
Polícia Científica de São Paulo, divulgado nesta quinta-feira (4). Foram
encontradas quase 4,8 miligramas do entorpecente por milímetro de sangue do
cantor. Ele foi encontrado morto em seu apartamento, na zona oeste da capital
paulista, no último dia 6 de março. Alexandre tinha 42 anos.
"Pela posição do laudo, pode ser chamado
de overdose", disse o delegado do DHPP (Departamento de Homicídios e
Proteção à Pessoa), Itagiba Franco. Segundo ele, a investigação confirmou as
suspeitas iniciais, devido ao estado em que o apartamento do cantor foi
encontrado e declarações de amigos. Segundo o delegado, o laudo mostrou que
"Chorão já estava bastante debilitado, o coração, os rins, o cérebro. O
uso abusivo de cocaína apenas acelerou o processo".
Ainda haverá um exame toxicológico para
identificar outras substâncias no corpo do cantor, mas não há previsão de
quando o laudo ficará pronto. No dia em que o corpo do cantor foi achado,
Itagiba Franco contou detalhes sobre seu estado e afirmou: o músico
tinha uma quadro psicótico de perseguição e cismava que o filmavam a todo
o tempo.
Chorão foi vocalista e principal letrista da
banda Charlie Brown Jr., que se formou em 1992 na cidade de Santos, litoral
paulista. Ele foi o único integrante que participou de todas as formações da
banda. Nascido em São Paulo, teve uma infância difícil e se mudou para a
Baixada em 1987, já adolescente.
Além de sua dedicação à música, Chorão também se
interessava pelo cinema. Ele roteirizou o filme O Magnata, de 2007,
estrelado por Paulo Vilhena, e escreveu o roteiro de O Cobrador, ainda
em produção. Além disso, tinha uma linha de roupas, chamada DO.CE.
A paixão de Chorão pelo skate resultou na
criação do Chorão Skate Park, pista indoor localizada em Santos. Antes de se
dedicar ao esporte - ele participou de diversos campeonatos e foi vice-campeão
paulista -, o vocalista era alvo de piadas dos amigos, que acabaram por resultar
em seu apelido: Chorão observava os colegas andando de skate quando um deles,
para zombar, disse "não chora!". A alcunha ficou.