Publicado em 13/03/2013 - 14h27

Mark
Millar é um dos mais respeitados autores de quadrinhos da atualidade e atualmente,
o responsável por unificar o universo dos “X-Men”
para a 20th Century Fox. Ele é uma autoridade em super heróis.
E é
justamente isso que torna suas palavras a respeito da adaptação cinematográfica
de “Liga da Justiça”, tão pesadas. O escritor acha que os
heróis da DC Comics simplesmente não tem como funcionar na telona.
O
argumento de Millar, é que Superman, Batman e os demais são “muito velhos”,
foram criados há mais de 70 anos (alguns claro, não todos) e que o modo como
eles operam não é adequado para um filme dirigido as plateias modernas.
Ele
questiona como pode se fazer um filme com alguém como o Lanterna Verde, que é
capaz de manifestar qualquer coisa através de sua imaginação e um anel de
força, ou o Flash, que é capaz de se movimentar a velocidade da luz e tem
“maçanetas” no capuz de seu uniforme. Millar alega que quadrinhos permitem certas
liberdades e alguma suspensão da crença aos roteiristas e leitores, o que não é
o caso do cinema.
Se querem
minha opinião, eu discordo totalmente. Não acredito que existam personagens
ruins, apenas escritores ruins. M personagem não cria histórias sobre si mesmo,
ele depende de alguem para isso.
Qualquer
herói, por mais inacreditável que seja, pode funcionar bem nas mãos corretas.
Christopher Nolan criou um Batman extremamente plausível, porque o mesmo
não poderia acontecer com os demais heróis?
Claro,
Batman não tem poderes, mas pare por um segundo e pense no conceito de um
bilionário que se veste de morcego para combater o crime. É tão absurdo quanto
qualquer poder do Superman.
Acho que
maior perigo para o filme da Liga da Justiça, é que não teremos produções
introdutórias para cada personagem, como aconteceu com o elenco e “Os
Vingadores”. Mas se os heróis da DC Comics fossem tão “antiquados” como
Millar faz parecer, eles não teriam se mantido no inconsciente coletivo por
mais de sete décadas.