Por Luciula Valença
21/03/2013 - 18h20
sdesaude.luciulavalenca@hotmail.com
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Dia 21 de março é dia Internacional da
Síndrome de Down. O objetivo do dia é disseminar
informações sobre a síndrome e promover a inclusão das pessoas na
sociedade, conscientizando a população da inclusão social, direitos e deveres
para que todos possam usufruir de uma vida plena e digna. Você leitor
conhece alguém com esta síndrome? O S de Saúde explica e você conta sua
história...
A
Trissomia do Cromossomo 21, como é chamada ou Síndrome de Down foi descrita em
1866 por John Langdon Down. Esta alteração genética afeta o desenvolvimento do
indivíduo, determinando algumas características físicas (motora) e cognitivas.
Trata-se de uma disfunção cromossômica. A
deficiência mental acarretada pela Síndrome de Down não tem cura, pois se trata
de uma alteração genética inalterável por qualquer droga, remédio ou técnica. é importante destacar que a
síndrome de Down não é uma doença, e sim uma condição inerente à pessoa,
portanto não se deve falar em tratamento ou cura. Entretanto, como esta
condição está associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas
desde o nascimento da criança.
Sabemos que o corpo humano é composto de
inúmeras células, os cromossomos são pequenas partes da célula que carregam
informações gênicas (DNA e proteínas) sobre cada indivíduo, como a cor dos
olhos, formato do nariz, altura e outros. O número de cromossomos presente nas
células de uma pessoa é 46 (23 do pai e 23 da mãe), no caso da Síndrome de Down
há um erro na distribuição e, ao invés de 46, as células recebem 47 cromossomos
e este cromossomo a mais se liga ao par 21. Há três tipos principais de
anomalias cromossômicas ou variantes, na síndrome de Down:
TRISSOMIA SIMPLES (PADRÃO): a pessoa possui 47
cromossomos em todas as células (ocorre em cerca de 95% dos casos de Síndrome
de Down). A causa da trissomia simples do cromossomo 21 é a não disjunção
cromossômica.
TRANSLOCAÇÃO: ocorre por volta de
3,5% das pessoas com síndrome de Down: elas apresentam dois cromossomos do par
21 completos (o comum) e um pedaço mais ou menor de um terceiro cromossomo 21,
que geralmente está colado a outro cromossomo de outro par (o 14, o 22 ou algum
outro, embora geralmente seja o 14).o cromossomo extra do par 21 fica
"grudado" em outro cromossomo.
MOSÁICO: Ocorre em 1,5% das
crianças com síndrome de Down. A alteração genética compromete apenas parte das
células, ou seja, algumas células têm 47 e outras 46 cromossomos. Os casos de
mosaicismo podem originar-se da não disjunção mitótica nas primeiras divisões
de um zigoto normal.
Com base no Censo de 2010 estima-se que
no Brasil haja 270 mil pessoas portadoras da síndrome, ou uma relação de para
cada 700 nascimento, 1 nasce com a síndrome.Cientificamente não conseguiu –se
determinar porque ocorre a síndrome podendo estar ocorrer em qualquer raça, sem
nenhuma relação com o nível cultural, social, econômico, ambiental, etc. Há uma
maior probabilidade na idade materna, e isto é mais freqüente a partir dos 35
anos. O diagnóstico é feito através do cariótipo, que é a representação do
conjunto de cromossomos de uma célula. O cariótipo é, geralmente, realizado a
partir do exame dos leucócitos obtidos de uma pequena amostra de sangue
periférico. Também é possível
realizá-lo, antes do nascimento, depois da décima primeira semana de vida
intra-uterina, utilizando-se tecido fetal: amniocentese – pulsão transabdominal
do liquido amniótico entre as semanas 14 e 18 de gestação ou biópsia do vilo
corial – coleta de um fragmento da placenta.
A disfunção cromossômica é comum em todo
portador da síndrome, porém nem todas apresentam a mesma característica, nem os
mesmos traços físicos, tampouco as malformações. A única característica comum a
todos é o déficit intelectual. O recém-nascido com Síndrome de Down pode
apresentar ou não complicações: As possíveis complicações incluem problemas
cardíacos, anomalias intestinais, problemas digestivos, deficiências visuais,
auditivas, disfunção de tireóide, infecções, deslocamento da espinha
cervical e doenças sanguíneas.
Existem
cerca de 50 características físicas exibidas pela criança com Síndrome de Down
logo após o nascimento. Incluem-se prega palmar única, braquicefalia, pregas
epicânticas, base nasal achatada, hipoplasia da região mediana da face, diâmetro
frontooccipital menor, fontanelas anterior e posterior amplas, pescoço curto em
relação ao não portador da síndrome, língua protusa e hipotônica, orelhas
pequenas e subdesenvolvidas, fígado e baço grandes, além da presença de
clinodactilia. Contudo, vale ressaltar que estas características não estão
presentes em todas as crianças.

Estas
são as características que podemos encontrar numa criança portadora de Sindrome
de Down:
Tônus muscular: hipotonia e, consequentemente, uma tendência
de "folga", especialmente nas articulações. Isto não é um problema
grave, e normalmente desaparece com a idade.
Cabeça: A parte de trás (occipital) parece menos proeminente
e sua cabeça é um pouco menor. As fontanelas, um pouco grande, lento para
fechar mais do que o habitual.
Trufa: vista pequeno e baixo perfil ponte parece rosto um
pouco achatado.
Olhos: eles tendem a uma linha ascendente (fissura palpebral
oblíqua). Observado dobras da pele nos cantos internos dos olhos (pregas
epicânticas). Na parte exterior da íris é, por vezes, manchas (manchas
Brushfield) os quais são particularmente visíveis em crianças para que os olhos
azuis.
Orelhas: Eles são geralmente pequenas, às vezes proeminentes.
A dobra semicircular (hélice) é muitas vezes ligeiramente dobrada e os lóbulos
são muito pequenos.
Boca: Apesar de ser de tamanho normal, a língua sai, às
vezes, pela pequenez da boca e do tônus muscular. Em algumas crianças maiores
observados língua geográfica e os lábios efeito Parpan facilmente pelo ar.
Dentes: Eles são geralmente bastante pequenos e, às vezes,
com formas anômalas. De erupção tarde, estão em lugares incomuns ou
desaparecidos, mas têm cavidades menos do que as crianças normais. São
prováveis que os problemas apareçam gengivas inchadas ou reabsorvem facilmente
causando, por vezes, os dentes caem em crianças mais velhas e adultas jovens,
apesar de uma boa higiene oral.
Voz: Às vezes, o barítono. Discurso ocorre articulação tarde
e correta difícil. Quando a dificuldade é na pronúncia ou de linguagem, terapia
específica pode ser bem sucedida.
Pescoço: Muitas vezes é curto. Quase sempre observada nas
dobras da pele do pescoço, que com o passar do tempo são menos perceptíveis.
Coração: Em 40% dos defeitos cardíacos em crianças
imediatamente após o nascimento e metade deles esse defeito leva à morte
precoce.
Mãos: Eles são pequenos, com os dedos relativamente curtos.
Geralmente, há apenas uma ranhura na parte superior da palma da mão, em vez de
dois. O dedo mínimo pode ser muito curto, com um vinco único. A dica é
geralmente inclinada para dentro (clinodactilia).
Pés: pode haver um pequeno intervalo entre o primeiro e o
segundo dedo com uma dobra transversal plantar curto.
Pele: Geralmente tem uma aparência irregular e torna-se seca
ao longo dos anos. Outdoor rachaduras muito facilmente.
Cabelo: É bom, fina e reta.
Em relação ao crescimento linear: Eles são quase sempre menores
do que o normal, basta olhar para o nascimento até aproximadamente a idade de
quatro crianças normais, mas a partir de então será um pouco retardado em
crescimento até mais ou menos média, cerca de 1,4 metros para 1,52 metros para
as mulheres e para os homens, embora estes números variam de acordo com a boa
comida e cuidados médicos de que pode crescer consideravelmente.
Peso: É menor do que em crianças normais, mas à medida que
crescem até a altura, não é incomum a aparecer obesidade na infância e
adolescência mais tarde, eles comem por prazer e regular o centro da saciedade.
O
bebê com Down pode começar programa de estimulação precoce: O caminho natural
para aquisição de conhecimento e desenvolvimento é EDUCAÇÃO, a oportunidade
chave para este desenvolver será o ESTÍMULO.
Desde
o momento do nascimento o fisioterapeuta preconizará estimular a criança com os
exercícios, que consiga sustentar o pescoço, rolar, sentar-se, arrastar-se,
engatinhar, ficar em pé e andar, minimizando os efeitos motores (hipotonia e
frouxidão ligamentar, entre outros) da síndrome de Down. Para que a criança
desenvolva as fases no desenvolvimento psicomotor é necessária uma intervenção
interdisciplinar, e está pode ser a hora de interação entre profissionais de
saúde, pais e crianças para compreender melhor as dificuldades e habilidades da
criança. O terapeuta ocupacional propusera funcionalidade e independência de
acordo com a faixa etária e necessidade de cada criança: Através de estimulação
do desenvolvimento neuropsicomotor, facilitar aquisições de habilidades motoras
fias e grossas com atividades e brincadeiras, orientação para realizar atividades
diárias, etc. A atenção a criança dar-se-á na integralidade da atenção a saúde
e a família com os diversos profissionais de saúde: médicos, enfermeiros,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, psicólogos, dentistas
fonodiológos.
Ao nascerem às
crianças são assistidas por um pediatra que irá realizar exames para detecção
de possíveis doenças. Abaixo, você confere a listagem com as alterações e os
exames, imunizações e avaliações necessárias ao longo de toda a vida.

Pais
e sociedade ter um filho com Síndrome de Down não significa ter um filho
doente. A Síndrome não classifica quanto ao grau intelectual. Cada criança
possui características e personalidade, habilidades e deficiências inerentes a
educação e ao seu próprio desenvolvimento, este influenciado pela qualidade do
cuidado, educação, e experiência que lhes são oferecidos, como qualquer outra
pessoa. Desenvolvimento é um
processo dinâmico, interativo e social: continua na vida adulta, influenciado
por atitudes e oportunidades. Ninguém pára o crescimento, desenvolvimento e a
aprendizagem quando se tornam adultos ou deixam a escola. As circunstâncias de vida
podem dar suporte, impedir ou sufocar o crescimento e o desenvolvimento. Muitos
portadores da síndrome têm participação ativa (independente) na sociedade em
diversas profissões, e no social. A limitação funcional que mais cresce no
mundo é o PRECONCEITO
Por
isso o S de Saúde informa, orienta... E você conhece alguém com Sindrome de
Down?