08/01/2013 17h00 atualizado em 08/01/2013 17h00
Esqueça, ao menos por ora, os debates envolvendo
Pelé, Diego Maradona ou qualquer outro craque de bola que habitou a Terra no
último século. Enquanto Lionel Messi estiver
em atividade - e muito provavelmente depois de se aposentar -, as discussões
subjetivas seguirão sem fim, com argumentos para todos os lados. Alguns pensam
que a Copa do Mundo é um objeto necessário para que o camisa 10 do Barcelona possa ser apontado como o maior
da história. Outros, por sua vez, alegam que a Liga dos Campeões já é o torneio
que reúne os melhores do planeta - e nesta categoria o argentino é
especialista. Fato mesmo é que, depois de quebrar um recorde ao conquistar sua
quarta Bola de Ouro consecutiva, La Pulga briga por outras dez marcas
relevantes em 2013 (veja no gráfico abaixo).
A maioria envolve diretamente gols. O astro, por
enquanto, soma apenas um no ano, marcado de pênalti na vitória sobre o
Espanyol, por 4 a 0, no Camp Nou, no último domingo. Em 2012, foram incríveis
91 - o que o colocou acima do alemão Gerd Müller e de todos os mortais
restantes como o principal artilheiro de uma só época. Num exercício de
imaginação e lógica, é possível prever Lionel Messi estabelecendo ao menos sete
dos dez principais objetivos individuais caso mantenha a média assombrosa.
Um deles é a consagração como goleador máximo do Barcelona - incluindo
jogos não oficiais -, feito que poderia ser atingido no mês de setembro
(contando possíveis amistosos da pré-temporada 2013/2014). O líder do quesito é
Paulino Alcántara, que defendeu o clube catalão entre 1918 e 1927, com 369
gols. Messi soma 311 e ainda tem a sua frente Josep Samitier (333 gols entre
1919 e 1932).
Ainda com a camisa azul-grená, o craque tem em mente mais seis
"categorias". A artilharia da Liga dos Campeões é um sonho viável,
mas ele precisaria melhorar as estatísticas de 2012, quando anotou 13 vezes
entre o mata-mata de um torneio e a fase de grupos de outro. Com 56 gols, ele
está empatado com o holandês RuudVan Nistelrooy, ex-Manchester United
e Real Madrid. O espanhol Raúl González, ex-Real e Schalke, é o líder,
com 71.
O maior rival, inclusive, também é assunto para Lionel. Apesar de ter
apenas 25 anos, Messi já marcou 17 gols no Superclássico e está a apenas um do
argentino Alfredo Di Stéfano, talvez o maior ídolo da história do time
merengue, pelo qual atuou entre 1953 e 1964.
Pela Argentina, outras três importantes marcas
podem estar a caminho. A mais complicada é quanto ao topo da artilharia da
seleção - o dono da marca é o ex-centroavante Gabriel Batistuta, com 56 gols.
Messi, com 31 após os 12 tentos marcados em 2012, pode não chegar no ex-jogador
da Fiorentina, mas terá jogos suficientes para ultrapassar Diego Maradona (34)
e Hernán Crespo (35). Apenas nas eliminatórias para a Copa do Mundo serão
sete compromissos - que o ajudariam a superar o próprio Crespo na artilharia
geral, com 19 gols (Messi tem 11), e Ivan Zamorano, goleador máximo de uma
edição, para o Mundial de 1998, com 12 gols (sete para o argentino).
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